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Freguesias
Freguesias

Aveleda-Bragança

Aveleda-Bragança

Aveleda é uma aldeia sede de Freguesia do Concelho e Distrito de Bragança, fica junto à orla
setentrional fronteiriça num pequeno vale rodeado de colinas em pleno Parque Natural de
Montesinho, nos limites com a vizinha Espanha. Distando sensivelmente a treze quilómetros para o
nordeste de Bragança, com uma área cerca de 6.463 ha.
A festa dos rapazes, inicia-se no dia de Todos-os-Santos, 1 de Novembro. Neste dia todos os 
rapazes solteiros se reúnem para a recolha da lenha num terreno baldio. A lenha é rematada mais
tarde na aldeia e o dinheiro da arrematação serve para os preparativos da festa.
Entre as várias tarefas entregues aos mordomos estão incluídas a procura das cozinheiras, a
compra da comida e bebida, a organização das rondas.
Desde o dia 31 de Julho de 2001 que esta Junta de Freguesia passou a ter símbolos heráldicos,
nomeadamente, o Brasão, Bandeira e Selo.
A descrição do Brasão é a seguinte: escudo de prata, uma burra passante de negro, com seu
alforge de ouro; em chefe, um abanador de vermelho, entre dois carvões de negro, acesos de sua
cor. Coroa mural de prata de três torres. Listel branco, com legenda a negro: “AVELEDABRAGANÇA”. Quanto à simbologia da burra, do abanador e carvão, a burra representa a lenda de
Aveleda e as tradições da Freguesia, o abanador e o carvão representam o artesanato da Freguesia
de Aveleda, assim como uma das suas maiores fontes de rendimento de outros tempos: o carvão.


Babe-Bragança

Babe-Bragança

Distanciada cerca de uma dezena e meia de quilómetros para o nascente da Cidade de Bragança, a
freguesia de Babe ocupa um território medianamente extenso, tendo acesso rodoviário, a partir da
capital concelhia, através da EN 218 e, a partir de Gimonde, pela EN 308. Ocupando a orla
meridional do Parque Natural de Montesinho, o território de Babe apresenta-se montanhoso e
planáltico, com altitudes médias acima dos 750 metros. Nos seus limites ocidental e setentrional
correm o rio Igrejas e seu pequeno afluente, em vales estreitos e encaixados.
Por aqui vão residindo umas 398 almas (bastante menos que as 666 registadas pelos meados do
século), distribuídas por dois povoados: Babe e Labiados. A todos os títulos notável é a arqueologia
local. A. Pereira Lopo, escrevendo por 1898, alude á “grandeza” do Castro de Babe, o qual teria
sido importante estação em época romana, tomando em conta os monumentos epigráficos ali
recolhidos – uma ara votida dedicada a Júpiter (com a característica inscrição iniciada por “I.O.M.”)
e uma lápide funerária “em que ainda se liam A1 e EQVITIAL (ae) II, e se via um baixo-relevo com
vestígios de três figuras”, na parte inferior.
Noticia ainda o mesmo autor o aparecimento de um “marco miliário de granito grosseiro que está
muito fragmentado e serviu de sepultura”. Na trunca- da epígrafe ler-se-ia o nome do imperador
Trajano.
No povoado principal, que dá nome à freguesia, pode apreciar-se além da Igreja Matriz de S. 
Pedro, as capelas de S. Sebastião e de S. José (esta datada de 1697, na respectiva frontaria),
ambas traindo restauro recente. Num edifício do centro da aldeia funciona um curioso Museu de
Etnografia Rural.

 
Tradições
Em Babe, as danças e cantares estavam interligadas com a agricultura, pois faziam-se danças
etnográficas em terreiro e no fim dos trabalhos agrícolas. Durante as ceifas do centeio e do trigo
cantava-se a famosa Moda da Segada. As danças e cantares mostram como os habitantes de Babe
sempre foram animados e cheios de alegria.
Quanto aos trajes, a freguesia de Babe tem os trajes típicos do homem transmontano dos quais se
destacam o traje de trabalho e o traje de gala. O primeiro era constituído por umas calças de
burel, camisa de algodão e um pedaço de tecido de lã.


Baçal-Bragança

Baçal-Bragança

Uma meia dúzia de quilómetros para nordeste da capital concelhia, fica esta freguesia de Baçal,
notabilizada pelo emérito Abade Francisco Manuel Alves, sábio e erudito investigador da história,
arqueologia e etnografia transmontanas. Fazendo a ligação entre a capital concelhia e os três
aglomerados populacionais – Baçal, Vale de Lamas e Sacóias – que integram a freguesia, estão as
estradas nacionais 218 e 218-3, bem assim como os respectivos ramais camarários de acesso.
O antigo tempo constitui-se como belo e harmonioso exemplar de um primitivo barroco provincial, 
denunciando ainda, na respectiva traça, uma forte inspiração e sabor maneiristas, pese embora a
data assinalada no portal da frontaria – 1765. É este último de recorte rectangular, surgindo
enquadrado por dois pares de colunas torsas (alternado em “movimentos” dextrorsum e
sinistrorsum); sobre o pórtico, volutas e pináculos enquadram um nicho com a imagem pétrea da
Padroeira, N. Sra. Da Assunção; no remate da empena assenta, por sua vez, um pesado
campanário de dupla ventana.
Não muito distante dali ergue-se, em local ermo, uma ampla e mais recente capela da mesma
inovação, de incaracterísticas e pouco atraente traça arquitectónica. Embora arruinada, como
frisamos já, a Casa de Abade de Baçal (outrora conhecida por Casa do Pácio, invulgar corruptela de
“Paçó” termo que denunciará grande ancianidade e plausível interesse arqueológico). Em Vale de
Lamas pode apreciar-se um terceiro templo paroquial, de singela mas graciosa traça, a um gosto
que se nos afigura setecentista. O imóvel surge ladeado por algo inestético acrescento, adoçado
do flanco setentrional, neste se inscrevendo de forma pouco ortodoxa, uma escada de acesso ao
campanário instalado ao alto da frontaria. Esta é marcada por um equilibrado portal rectangular,
rematado em espécie de frontão ornado de caprichoso par de volutas. Na freguesia de Baçal existe
ainda a capela de S. Sebastião.


Tradições:
Em geral, nas diversas terras transmontanas, os ditados são marcas do passado, bem presentes
nos dias de hoje. Na freguesia de Baçal, esta realidade não é diferente, pois esses ditados de
antigamente chegaram, de geração a geração, à actualidade.
A crença viva dos habitantes desta freguesia traduz-se na forma como estes narram os milagres de
Nossa Senhora da Assunção.
Existe uma lenda que diz que os sinos da igreja repicaram sem ninguém os soar, por ocasião da
aclamação de D. João IV, a 1 de Dezembro de 1640.
Após 28 anos, o fenómeno voltou a acontecer e o caso foi autenticado por declaração do Sé de
Miranda. Com este facto, D. Luísa de Gusmão dotou a virgem local de ricas vestimentas.
Nesta freguesia praticam-se ainda rezas, por defuntos, vivos ou doentes, eram e são um costume
que ainda se mantém em muitas famílias transmontanas.
Na realização da festa dos Reis ou na festa dos Rapazes usa-se um traje muito típico desta região,
os caretos que representam imagens diabólicas e misteriosas.
Os caretos usam máscaras rudimentares, onde sobressai o nariz pontiagudo, feitas de couro,
madeira ou de vulgar latão, pintadas de vermelho, preto, amarelo, ou verde.
A cor é também um dos atributos mais visíveis das suas vestimentas: fatos de colchas franjadas de
lã vermelha, verde e amarela, com enfiadas e chocalhos à cintura e bandeirolas com campainhas.
Da sua indumentária, faz também parte um pau que os apoia nos saltos e correrias.
No que diz respeito a jogos populares, cujas origens se perdem no tempo, ainda sobrevivem graças
às pessoas que, em festas ou apenas entre amigos, querem reavivar memórias do passado de
forma divertida. Em Baçal, praticam-se os seguintes jogos: Corrida dos sacos, Jogo da Relha, Jogo
do Ferro, Jogo do Cântaro e o Jogo do Fito.


Calvelhe-Bragança

Calvelhe-Bragança

 

Cerca de 34 quilómetros separam Calvelhe da capital concelhia, que lhe fica a norte, ligando-se
esta através da sinuosa EN 217 ou 35 Km como alternativa, é a mais utilizada que faz a ligação à
IP4. Cobrindo um território medianamente extenso e de algo suave topografia, Calvelhe é cortada
e irrigada por dois pequenos afluentes de margem direita do rio Sabor, integrando nas áreas de
vale consideráveis trechos de férteis solos agrícolas.
A Igreja Paroquial e que data do ano de 1694 é um pequeno templo de humilde traça
arquitectónica, com uma singela frontaria onde se inscreve um pórtico liso e em esquadria,
encimado ao alto por um minúsculo óculo. No vértice cortado da empena assenta, por sua vez, um
campanário de dupla ventana, rematado ao alto por uma terceira sineira, de miniaturais
dimensões.
No lintel do singelo pórtico pode ler-se uma inscrição acusando o ano, por certo, da respectiva
fábrica – 167 (?). De algum interesse patrimonial é também a Capela de Santo Estêvão.
Assumindo-se como área privilegiada de caça, o território desta freguesia possui ainda incontáveis
atractivos naturais e paisagísticos, de assinalável beleza.


Tradições:
Antigamente, realizavam-se com regularidade diversos jogos tradicionais, como o fito, o ferro, a
relha, o calhau, o cântaro, a tracção à corda, a guarda, a fonte de cantaria, o está quieto, o pião,
entre outros.
O jogo do fito, do ferro, da relha, do calhau e da tracção à corda praticavam-se quase todos os fins
de semana, enquanto que o cântaro era jogado, especialmente, no dia de carnaval, provocando
momentos de muita alegria. As crianças jogavam a guarda, a fonte de cantaria, o está quieto todas
as tardes, após a escola, no adro da igreja. Por sua vez, o pião era jogado no período da
Quaresma. Actualmente, principalmente no mês de Agosto, com a chegada dos emigrantes, ainda
se joga o fito, o ferro, a relha e o calhau.


Carragosa-Bragança

Carragosa-Bragança

Alongando-se em estreita e comprida tira, no sentido norte-sul, o território desta freguesia
integrada a orla setentrional do concelho de Bragança, incluindo-se em pleno Parque Natural de
Montesinho e topando, a norte, com a vizinha Espanha.
De condição particularmente montanhosa e isolada, não espantará que Carragosa conheça um 
enorme decréscimo populacional desde meados do século – dos 635 habitantes de então, a cifra
desceu para uns modestos 321 (menos de metade, portanto). Distribui-se esta magra população
por três aglomerados, de suas designações Carragosa, Soutelo e Rio Frio (ou Quintas de Rio Frio) e
todos eles localizados na área meridional da freguesia.
A fixação de recuadas populações castrejas, em dado momento do primeiro milénio antes de
Cristo, recairia no entanto pelos mais elevados cumes da linha setentrional (hoje raiana) e muito
concretamente no estratégico alto de Soutelo da Gamoeda, também conhecido por Torre do
Castro. 
Para além da actual Igreja Matriz, subsistem ainda diversos outros templos nesta freguesia, como
seja a dita Igreja de S. Pedro e as Capelas de S. Sebastião, de Santa Marinha e Santo António.
Interessante Peça Escultórica, porventura seiscentista (a crer na tipologia dos ornatos, pelo
menos), é o cruzeiro de Carragosa, onde a figura de Cristo surge moderada com alguma vivacidade 
e movimento, sugeridos pela interpretação comovente da anatomia, pelo drapejamento “barroco”
das vestes e ondular afectado da cabeleira.


Carrazedo-Bragança

Carrazedo-Bragança

Ocupando posição junto à orla ocidental concelhia, nos limites com Vinhais, a freguesia de
Carrazedo distará uma vintena de quilómetros da Cidade de Bragança, em direcção ao poente.
Como principal ligação rodoviária à capital concelhia tem as Estradas Nacionais 15 e 206.
Abrangendo uma superfície de considerável extensão, caracteriza-se por uma topografia
montanhosa e acidentada, abarcando boa parte da vertente setentrional da majestosa e altaneira
Serra da Nogueira. As altitudes aqui registadas oscilarão entre 750 e os 1000 metros, tendo por
estas bandas suas nascentes um pequeno afluente da margem esquerda do Rio Tuela.
Bastante afastada e isolada dos meios urbanos e detendo ainda uma economia de carácter algo
arcaico, fundamentada nas actividades agro-pastoris, não espantará que Carrazedo conheça uma
elevadíssima taxa de despovoamento. Esta, traduzida em números, cifrar-se-á numa redução de
quase dois terços do número de habitantes estimado em meados do século (595 almas) para o
actual (204 residentes).
Embora seja provável que já pela mesma altura (i.e., meados do século XIII) existisse em
Carrazedo um templo invocado à Santa Cecília (do qual derivaria posteriormente a paróquia
titular), a verdade è que S. Mamede de Alimonde terá possuído outrora algum ascendente (titulo
abacial) sobre a mesma, até data incerta, em que se inverteria a situação.
Subsiste ainda, para além da Igreja Matriz de Carrazedo, a Igreja de Alimonde e as Capelas de
Nossa Senhora de Fátima e Nossa Senhora do Rosário (públicas ambas). 
Do património edificado local, este de índole civil e interesse etnográfico, constarão ainda diversos
moinhos de água, várias fontes de mergulho protegidas por estrutura pétrea em arco (vulgo
“romanas”) e uma ponte, também de alvenaria e em arco, possivelmente.


Coelhoso-Bragança

Coelhoso-Bragança

Sita na orla nascente concelhia e entestando, por esse flanco, com o vizinho município de Vimioso,
esta freguesia dista uns 25 Km para sudeste da capital bragançana tendo ligação a esta através da
EN 217. Ocupa um trecho de território planáltico, não muito acidentado e com altitude média
rondando os 500 metros, sendo banhada a oriente pelo Sabor e por um seu afluente, no flanco
setentrional. Especialmente rico em recursos mineiros, o subsolo desta freguesia registará diversos
focos de mineração, actualmente desactivados e designados Vinha da Velhinha, Ribeira, Castrilhão
e Lomba do Rio, onde se extraiu outrora estanho e volfrâmio. S. Tiago de Coelhoso, que contaria
481 residentes por 1991, teve anexa, até algumas décadas atrás, a vizinha Paradinha Nova.
Em Cabeço de Anta Perpetuar-se-á a memória toponímica de uma desaparecida construção
dolménica, reveladora de ancestral povoamento situável entre os finais do Neolítico e inícios da
Metalurgia (Megalitismo). Os microtopónimos “Castrilhão” e “Castro Mau” (este último, ao que
parece, já na vizinha freguesia de Parada) testemunharão por seu lado um arcaico povoamento
proto-histórico, enquadrável cronologicamente na Idade do Ferro e domínio romano (1 milénio a.C.
e primeiros séculos d.c.).
A freguesia possui outros motivos de interesse patrimonial na respectiva Igreja Paroquial e na 
Capela de Santo António. Perto fica a chamada Fonte dos Milagres, pequena estrutura de cantaria
onde, desde épocas imemoriais, os pegureiros se deslocavam com seus animais em ritos de benção
lustral, perpetuando assim um curioso culto das fontes. Em frente ao largo da fonte e “metida na
parede de um quintal”, observaria outrora a Abade de Baçal uma malfadada pedra de armas, cujo
atribulado destino a atirou ao abandono “aos tombos pelas ruas e charcos do povo”.
As actividades económicas locais, centradas no sector primário, revelam alguma importância nos 
ramos específicos da olivicultura e pecuária (avicultura). Em termos administrativos, integrou o
antigo concelho de Izeda, até a sua extinção, em 1855.


Tradições:
Quanto aos jogos tradicionais, estes são muito praticados, sendo através deles que os habitantes
se sociabilizam praticando, nomeadamente através do jogo do Fito, do jogo da Malha e do jogo da
Relha.


Espinhosela-Bragança

Espinhosela-Bragança

Distando cerca de catorze quilómetros para noroeste da cidade de Bragança, esta freguesia achase encaixada na orla setentrional concelhia, fazendo parte integrante do Parque Natural de Montesinho.
Para além do lugar central, que lhe conferiu a designação, a freguesia inclui ainda as povoações de
Terroso, Cova de Lua e Vilarinho, as quais foram já, por sua vez, sedes de antigas freguesias
invocadas respectivamente a S. Tomé, Sta. Comba e S. Ciprião. Terroso (sob a grafia “Torroso”)
surge já com sua Igreja num antigo arrolamento das povoações foreiras em terra de Bragança
(“Ville cognite forarie”), datável de cerca 1250. Mesmo a “Villa” de Cova de Lua (poética
designação, de sentido topográfico eminente, mas onde o determinativo “da Lua” empresta
curioso sabor a mistério...) tem suas origens documentadas logo a partir do séc. XIII.
Desses mediévicos tempos nem tudo terá desaparecido já, em termos de valores patrimoniais. Na
Igreja Matriz de Sto. Estevão de Espinhosela conserva-se um vistoso e belo arco cruzeiro, de volta
perfeita e apoiado em um par de esbeltas colunas adossadas aos ângulos das paredes.
Profusamente decorado por elementos fitomórficos estilizados e outros, este invulgar, trabalho
arquitectónico remeterá para um período tardo-gótico, possivelmente de finais do séc. XV.
Em Cova de Lua fica o popularmente designado “Arco da Senhora da Hera”, afinal tudo quanto
restará de um arruinado templo, possivelmente também tardo-medieval e invocado à Sra. Da Hera
(classificado I.I.P.). Dali procede uma árula de granito romana, já fragmentada na respectiva
epígrafe.
Um outro monumento da época, porventura mais interessante ainda mas infelizmente de paradeiro
actual desconhecido, apresentaria, segundo J. Cardoso Borges, uma inscrição votiva dedicada a 
Bandua, divindade autóctone. Clamando por aprofundado estudo, estes materiais residuais de um
tempo ausente bem se revelam dignos de uma reverencial visita.


França-Bragança

França-Bragança

Esta ampla freguesia é a mais setentrional do concelho de Bragança, localizando-se junto á orla
fronteiriça e abarcando ampla parcela do Parque Natural de Montesinho. Para além da vizinha
Espanha, que em ampla extensão lhe serve de limite norte, esta freguesia tem ainda por limítrofes
as congéneres Carragosa ( a poente), a Rabal ( a sul) e Aveleda (a nascente).
Do passado remoto destas paragens, pouco se tem revelado aos arqueólogos. É de todo provável 
que já por aqui tivessem fixado comunidades, pelo menos em épocas castrejas, dada a manifesta
proliferação de povoados fortificados da Idade do Ferro em áreas das actuais freguesias limítrofes
de Rabal (Castro e Torre de Rabal) e Carragosa (Torre do Castro).
As origens paroquiais não serão, por outro lado, muito remotas, tendo S. Lourenço de França
andando anexa, no domínio eclesiástico e como simples curato, á vizinha reitoria de S. Bartolomeu
de Rabal. 
Para além da Igreja Matriz existem mais dois templetes em Montesinho e Portelo.
De bela e robusta arquitectura é uma ponte de cantaria, em múltiplos arcos abatidos (de perfeitas
e regulares aduelas), dotada de fortes talhamares semicirculares e localizada à entrada da
povoação de França. É obra recente, possivelmente já deste século.


Tradições:
Na freguesia de França, os jogos tradicionais ainda hoje se praticam, tais como o jogo da sueca e o
do fito.
Recentemente, em Montesinho, têm-se efectuado as Conversas, ou seja, espécie de palestras
organizadas pelo ADIAMO (Associação da Defesa dos Interesses e Amigos de Montesinho), com a
finalidade de debater assuntos que estejam na ordem do dia, assim como outros que digam
respeito à freguesia. Nestes debates, para além dos habitantes da aldeia, participam também
várias individualidades e figuras públicas.


Gostei-Bragança

Gostei-Bragança

Abrangendo uma área de mediana extensão, a freguesia de Gostei localiza-se na periferia da
cidade de Bragança, distando desta urbe uns sete quilómetros em direcção ao poente. Em termos
de ligação viária à capital concelhia, é a mesma servida por um pequeno ramal camarário derivante
da E.N. 103, possuindo também acesso praticamente directo ao I.P.4.
Nas “inquirições” de 1258, ao tempo de D. Afonso III, surgem as arcaicas grafias “Gostei” e
“Goetey”, presumindo os etimologistas que se tratará de evoluções da forma genitiva do nome
pessoal germânico Gudesteus. Referem-se ainda as “Villas” de “Catineira” e “Filmir”, hoje lugares
da freguesia sob as descrições de Castanheira e Formil. Estes últimos, com Gostei e Fundo da
Veiga, englobarão actualmente 439 residentes. À Vila de Gostei terá sido concedida carta foral, em
1289, pelo monarca D. Dinis.
Ergue-se ainda, fronteiro à Igreja Matriz, o pequeno e singelo Pelourinho. Classificada I.I.P. em
1933, a estrutura, de modestas dimensões, é composta por um embasamento em três degraus
quadrangulares, suportando em fuste liso e curto de formato cilindróide, rematado ao alto por
grosseiro e irregular elemento tronco-piramidal. A Igreja de S. Cláudio, em cuja frontaria se
destaca um belo pórtico rectangular rematado por inusitado tímpano de recorte trapezoidal e
contendo um nicho no interior, será talvez seiscentista. 
Em termos de arquitectura religiosa, acresce ainda à freguesia as Igrejas de Castanheira e Formil,
ambas de boas proporções. Conserva-se também o edifício (de traça vulgar, refira-se) onde terá
funcionado o antigo Tribunal e Cadeia.


Grijó de Parada-Bragança

Grijó de Parada

Abrangendo uma área consideravelmente extensa, Grijó de Parada é uma freguesia localizada a
sudeste da capital concelhia, dela distando uma dezena e meia de quilómetros. Providenciando a
ligação rodoviária entre aquelas, temos a E.N. 217, complementada por um desvio camarário a
partir da povoação de Carocedo.
Agricultura e pecuária serão, uma vez mais, os setentáculos económicos desta paróquia,
constituída pelos lugares de Grijó de Parada e Freixedelo. Estes reúnem actualmente cerca de 460
residentes.
Sugestiva é também a origem etimológica do topónimo “Grijó”, supostamente evoluído (como quer 
Viterbo) a partir de “ecclesia”, termo latino que deu “Igreja”.
Nas “Inquirições” ditas afonsinas, do séc. XIII, surge a grafia “Griyoa”. É natural que a evolução
fonética tenha percorrido as formas “Eigrejo” e “Grejó”, onde surgirá evidente o diminutivo “ó”.
A Igreja Matriz guardará ainda testemunhos arquitectónicos de época baixo-medieval e sabor
românico, sobretudo ao nível do respectivo pórtico, de tripla arcatura lisa. Os arcos, de volta
perfeita e aresta viva, repousarão sobre um par de impostas talhadas em caveto. Alvo de
sucessivos aumentos e reformulações, o templo surge rematado, ao alto da empena, por um
enorme campanário de tripla ventana. As obras de reconstrução ter-se-ão iniciado em 1732,
achando-se concluídas por 1787. No interior, poderá apreciar-se detidamente o altar-mor, de rica 
talha barroca. Este é complementado por um interessante tecto de madeira em caixotões,
ostentando pinturas de apóstolos e santos.
Em Freixedelo fica um outro templo de razoáveis proporções e singela traça, presentemente
rebocado e caiado. Existem ainda, no termo da freguesia, as Capelas de S. Roque e S. Sebastião,
bem assim como um maior recente Nicho de N. Sra. de Fátima.


Tradições:
Esta freguesia possui diversas tradições, que ainda hoje se realizam, especialmente no domínio de
rituais associados a festividades: Reis, Caretos.
Quanto aos trajes característicos destacam-se os que são usados pelos caretos. Estas figuras
apresentam-se com fatos garridos e franjados, feitos de velhas colchas de lã e cobertos de
chocalhos.
A careta é uma máscara para o rosto, feita da folha de zinco, madeira ou cortiça, e pintada de
preto e vermelho. Quase sempre tem outras decorações, como uma língua de fora grande e preta,
sobre um fundo vermelho e pequenos cornos pintados.
Quanto aos jogos típicos, ainda hoje se praticam durante todo o ano, tais como: o jogo do Fito, da
Relha, da Pedra e do Ferro.


Izeda-Bragança

Izeda-Bragança

Ocupando a extremidade meridional do território concelhio, a freguesia de Izeda abarca uma
considerável superfície, confrontante, respectivamente a sul e nascente, com os vizinhos
municípios de Macedo de Cavaleiros e Vimioso. Distando uns quarenta quilómetros para sul da
capital concelhia, Izeda tem na E.N. 217 o seu principal eixo de ligação viária com aquele núcleo
urbano.
O actual templo foi edificado em 1757, ostentando uma traça bastante austera. A estrutura é
demarcada por uma planta rectilínea e uma volumetria simples, onde sobressaem os corpos da
torre sineira – em posição central e avançada em relação a parede fronteira – e uma espécie de
“Zimbório”, central de planta quadrangular, provido de lanternim e levemente sobrelevado. No
vasto, ajardinado e bem cuidado adro, pode apreciar-se uma pia de água benta bem em granito,
alegadamente proveniente da arruinada Capela de Sta. Eulália.
Vasta mole arquitectónica, alvejando entre o acastanhado da paisagem circundante, é o
Estabelecimento Prisional Central de Izeda, primitivamente Escola Profissional de Santo António. O
actual Complexo data de 1960, integrando um vasto corpo rectangular de três pisos (o térreo 
aberto em arcaria de volta perfeita), adossado ao qual se observa, a um dos flancos, uma ala
lateral rematada por sóbrio templete.


Tradições:
Antigamente, nos tempos livres, os homens de Izeda distraíam-se a jogar ao fito, à relha, ao ferro
e ao calhau, enquanto que as mulheres passavam os seus tempos livres a fazer lindas rendas
(panos de enfeitar, colchas, toalhas, etc.). Estes jogos tradicionais, actualmente, estão
praticamente extintos, mas ainda existem mulheres que fazem diversas rendas.


Macedo do Mato-Bragança

Macedo do Mato-Bragança

Sita na orla meridional brigantina e distando uns quarenta e seis quilómetros da capital concelhia,
Macedo do Mato vai entestar já, pelo sul e poente, com o vizinho município de Macedo de
Cavaleiros. 
A Igreja Matriz é um templo de medianas dimensões e razoável traça, surgindo a frontaria rematada ao alto, No vértice da
empena, pelo característico campanário de avultadas dimensões. Dignas de nota são também as
Capelas de N. Sra. dos Remédios e de S. Brás. Como valores patrimoniais de índole civil
devidamente classificados, temos aqui a Ponte da Frieira, de provável fábrica baixo-medieval
(“Valor Concelhio” desde 1990) e ainda os Pelourinhos de Sanceriz e Frieira (ambos “I.I.P.” desde
1933). O primeiro é constituído por uma base quadrangular de três degraus, onde pousa um
pesadelo, monólito grosseiramente tronco-piramidal, a servir de dado; a coluna é cilíndrica e o
elemento de remate tronco-cónico. Foi “reconstituído” em 1930.
Em Frieira pode apreciar-se uma quase total reconstituição, algo “pastiche” e de evidente mau
gosto – numa envasamento quadrangular de xisto, foi assente uma base granítica de tipo
“toscano”, partindo dali uma mais adelgaçada e recente coluna, conjugando dois tambores defuste;
no topo surge uma placa em cruz de quatro braços iguais, disposta horizontalmente e servindo de
apoio, na parte central, a uma peça tronco-cónica. Nas Ribeiras de Vale de Moinhos e Frieira pode
o visitante apreciar moinhos de água.


Tradições:
Uma forte tradição desta freguesia, como na região transmontana em geral, é a matança do porco,
de onde se produz o tão afamado fumeiro (alheiras, linguiças, morcelas, azedos, chouriços doces e
os botelos).
Outra das tradições é a realização da “fogueira da Páscoa”, que consiste no convívio da população
em volta de uma enorme fogueira, durante toda a noite, no sábado de aleluia.
Os homens desta freguesia ainda praticam alguns jogos tradicionais como o fito, o ferro, a relha, o
calhau, a sueca, entre outros. Estes jogos são praticados essencialmente aos Domingos e na
véspera das festas.
As mulheres distraem-se a fazer lindas rendas (panos, toalhas, colchas, entre outros) e bordados.


Mós-Bragança

Mós-Bragança

Mós de Rebordãos era, até há umas quantas décadas atrás, o nome completo desta pequena
freguesia, encaixada na metade sul concelhia e distante uns treze quilómetros da capital concelhia.
Alongando-se em estreita tira no sentido norte-sul, o seu exíguo território é confrontado pelos das
limítrofes e congéneres Rebordãos (a norte), Faílde (a nordeste), Pinela (a leste), Santa Comba de
Rossas (a sul) e Sortes (a ocidente). O IP4 e a E.N. 15 partilharão entre si a tarefa da ligação
rodoviária entre esta freguesia e a urbe capital concelhia.
No lugar de Paçó, conforme o indicará este testemunho toponímico, terá eventualmente existido 
outrora uma estrutura habitacional de cariz senhorial (do latim “palatium”). Contando 284
residentes (eram 451 pelos meados deste século), S. Pedro de Mós tem no sector primário o cerne
de toda a organização económica local, onde debutará presentemente alguma indústria, ligada
sobretudo à construção civil.
Excelente exemplar de arquitectura religiosa provincial setecentista é a Igreja Paroquial de Mós, de
esbelta e harmoniosa traça ao gosto barroco. De razoáveis proporções, o templo apresenta uma
cuidada frontaria, fortemente marcada pela presença de um amplo portal rectangular, finamente
moldurado nas respectivas ombreiras, enquadrados por elementos verticais apilastrados;
rematando uma arquitrave lisa, salienta-se então um frontão interrompido de caprichosas volutas.
Quanto ao respectivo orago, é de reter que, ainda pelos meados deste século, a “Grande
Enciclopédia” o assinalava como sendo S. Nicolau (ao mesmo se dedicando uma festividade
religiosa anual, durante o mês de Agosto. 
Tendo sido, durante bastante tempo, um simples curato anexo à abadia de Rebordãos, passaria
posteriormente a freguesia independente, com o título de reitoria.


Nogueira-Bragança

Nogueira-Bragança

Localizada junto ao sopé da vertente nordestina da Serra da Nogueira (que lhe tomará o nome),
esta freguesia dista uma meia dúzia de quilómetros para sudeste da urbe brigantina, tendo a E.N.
15 como principal eixo viário de ligação à dita.
A Igreja Paroquial é um edifício razoavelmente amplo e de equilibradas proporções, ostentando 
uma graciosa traça a um gosto que se afigurará setecentista. Pelo menos o respectivo portal, de
lintel curvo e frontão interrompido por amplo janelão gradeado assim o parece indiciar. Não
fugindo à regra, a estrutura apresenta, no remate da respectiva frontaria, o já habitual campanário
de dupla sineira, volumoso e liso (apenas “aligeirado”, no topo por um par de graciosos fogaréus,
de formato idêntico aos que encimam o topo dos cunhais).
Quanto à Capela de N. Sra. da Cabeça, ladeada de uma frondosa ( e por certo secular) oliveira, o
seu aspecto resulta algo invulgar, mediante a inexistência de um pórtico no alçado fronteiro, onde
apenas se abrem dois janelões quadrangulares dispostos a par. De interessante recorte surgirá
então, na parede lateral sul, um pórtico rematado em agudo frontão contracurvado, este
denotando uma fábrica possivelmente seiscentista.
Uma singela (mas equilibrada) sineira remata no alto a frontaria do modesto imóvel. No acervo
patrimonial edificado de Nogueira contar-se-á ainda a Capela de S. Sebastião e diversas fontes
encapeladas, vulgo “romanas”.


Tradições:
Os provérbios são parte das tradições expressas nesta freguesia, pois indicam a sabedoria popular
que no passado se aplicavam em várias situações.
Outra das tradições diz respeito aos jogos praticados antigamente por esta freguesia. Eram jogos
propícios, não só para a brincadeira e animação, mas também para a convivência que ocorre
naturalmente sempre que um grupo de pessoas se junta e que querem divertir-se. Alguns destes
jogos são ainda praticados, principalmente pelas crianças, nos seus tempos livres e no recreio da
escola, tais como: o jogo do pião, jogo da bilharda, jogo da malha, jogo do ferro e o jogo do prego.


Parada-Bragança

Parada-Bragança

Distando sensivelmente uma vintena de quilómetros para sul da cidade de Bragança, esta
freguesia liga-se àquela urbe através da sinuosa E.N. 217 (complementada por um pequeno ramal
camarário). Do subsolo desta freguesia se extraiu já considerável quantidade de estanho e
volfrâmio, minérios explorados em locais de curiosíssima toponímia, como seja o Cabeço da Oreta
da Pata, a Boca da Ribeira, Teixugueiras e Telheira.
Integrando, para além do povoado principal de Parada, a vetusta aldeia de Paredes (sita na área
setentrional e á margem da E.N. 217), a freguesia registará hodiernamente cerca de 666
habitantes (em meados do século, contaria uma 1090 almas).
Trata-se de um belo exemplar de arquitectura pontística românica, integrando três arcos de volta perfeita ( o central de
bem maior amplitude) e tabuleiro formando lomba no respectivo pavimento lajeado. S. Gens de
Parada aparece já documentada, como freguesia, nas “Inquirições” de 1291, ordenadas por D.
Dinis.
A actual fábrica do templo paroquial datará dos finais do séc. XVIII, mostrando porém sinais de
recente reforma. Em Paredes, povoado já documentado no templo de D. Sancho I, ergue-se a
antiga Igreja dessa extinta paróquia. Numerosas e interessantes são as capelas erguidas no aro da
freguesia, a saber: a de S. Roque (com inscrição datada de 1605 alusiva a um surto e peste que
motivaria a sua erecção), a de S. Lourenço, a de Sto. Amaro, do Sr. Da Sta. Cruz e das Sras. do
Carmo e das Candeias. Curiosa e anacronicamente lendária é a Gruta do Profeta Elias, merecendo 
também particular referência a fonte arcada e “cristianizada” de S. Lourenço, sita no lugar de
Paredes.


Tradições:
Durante o ano e essencialmente no Inverno, os habitantes de Parada organizam diversas festas
que estão relacionadas com o calendário cristão, destacando-se a festa dos Homens Bons ou dos
Rapazes, festa do Ramo, festa do Carro, festa da Rosca e da Galhofa, cantar dos Reis, Entrudo e a
serra das velhas.
Nos tempos livres, os habitantes da freguesia de Parada jogam o Fito, a Raiola e futebol.


Paradinha Nova-Bragança

Paradinha Nova-Bragança

Pequena freguesia da orla sudeste brigantina e a confrontar, pelo flanco oriental, com o município
vizinho de Vimioso, Paradinha Nova fica a uns trinta e cinco quilómetros distante para sudeste da
capital concelhia. A E.N. 217 e um ramal camarário específico (ligando Parada, Coelhoso, Paradinha
Nova e Calvelhe), constituem-se como ligação viária à urbe brigantina.
Diversas covinhas e um podomorfo (pegada humana) subsistiriam igualmente em outros monólitos 
(talvez de uma desmantelada anta...) no sítio enigmaticamente conhecido por “Casa”, a poucos
centos de metros do cabeço castrejo de Mata Mouros (também dito Piócho, Toural ou Feira dos
Mouros).
A este alto, onde se terá estabelecido possivelmente pelos alvores da Idade do Ferro, um povoado
fortificado, anda ligada uma curiosa e lendária tradição, conotada com o riquíssimo tema folclórico
dos Mouros e Tesouros.
Compõem a freguesia os lugares de Paradinha Nova, Paradinha Velha e Freixedelo, reunindo no 
seu conjunto cerca de 168 residentes. A Igreja Matriz é um templo de pequenas dimensões, mas de harmoniosa e agradável traça, possivelmente já oitocentista. Existem ainda, no aro da
freguesia, a antiga Igreja de Freixedelo e as capelas de S. Roque e S. Sebastião. Uma vestuta
fonte encapelada do Bairrinho, um recente Nicho a N. Sra. de Fátima e alguns moinhos
completarão o acervo patrimonial edificado de cariz mais etnográfico.


Tradições:
As tradições desta freguesia têm um lugar de destaque no seu património cultural. Vivências de
outros tempos traduzidas nas lendas, que actualmente as avós contam aos seus netos, constituem
um dos lados mais interessantes da sabedoria popular desta freguesia.
De entre as tradições desta freguesia, destacam-se ainda os jogos tradicionais que mostram a
maneira divertida que os habitantes tinham que passar para os seus tempos livres, destacando-se
o jogo do Cântaro, Arranca Trigo, Porca Perrincha.


Parâmio-Bragança

Parâmio-Bragança

Não sendo particularmente extensa, esta freguesia vê estender-se o seu território no sentido
norte-sul e em estreita faixa, acompanhando a orla noroeste do concelho de Bragança ( e a
entestar, pelo norte, com a vizinha Espanha). Fazendo parte integrante do Parque Natural de
Montesinho, Parâmio dista cerca de 18 quilómetros para noroeste da capital concelhia, tendo
ligação rodoviária à mesma através da E.N. 318-3.
Cerca de 1963 foi posta a descoberto, nas imediações e numa das vertentes do alto castrejo uma 
necrópole de época e tipologia indeterminada, noticiada em primeira mão por H. Da Paixão
Fernades. As “Villas” de “paramio”, “fontibus” (fontes) e “Uzeive” (Zeive, esta já com sua Igreja)
surgem já identificadas nas “inquirições” de 1258, reinado de D. Afonso III.
Em 1290 (D. Dinis) alude-se, por seu turno, às “aldeyas” de “Sam Joham” (S. João, denotado a
antiguidade deste culto local) e “Maçãas”.
No conjunto de valores patrimoniais edificados desta freguesia, ressaltam naturalmente os de
índole religiosa, sendo de assinalar, para além da Igreja Matriz (datada de 1787), os templos
erectos nas povoações de Maçãs, Fontes de Transbaceiro e Zeive, para além de Capela de S. João, 
eremitério que surge isolado a cerca de um quilómetro para ocidente do Parâmio, junto a
Queimadas.

Tradições:
As tradições e a cultura reveladas nas festas e romarias que se realizam em cada região, são muito
importantes, pois exultam a devoção do povo nos seus santos predilectos, aos quais pedem graças
durante todo o ano, sendo agradecidas nessas mesmas festas e romarias.
A religião é ainda de extrema relevância para os habitantes desta freguesia, que dedicam várias
festividades aos santos devotos aos quais acorrem em caso de necessidade, devotando-lhes
também a oração e as procissões realizadas no âmbito dos festejos. Contudo estas festas não são
apenas construídas pelo sagrado, mas também pela animação e diversão dos populares, através do
convívio, música e dança.
Relativamente aos jogos tradicionais, promovem o convívio entre os habitantes desta freguesia,
proporcionando o seu divertimento e animação, como por exemplo: a bilharda, o jogo da malha e o
jogo do ferro.


Pinela-Bragança

Pinela-Bragança

Implantando no “coração” da metade meridional deste concelho, a freguesia de Pinela dista
sensivelmente 26 quilómetros da capital brigantina, em direcção ao sul. Em termos de ligações
viárias à dita urbe, Pinela dispõe actualmente de três diferentes acessos, através do IP 4 e das E.N.
15 e 217.
Um altivo cabeço rochoso domina a extensão planáltica da freguesia, deixando adivinhar, na sua 
designação, tratar-se de um antigo local fortificado – o Castelo de Pinela. O local conhecido por um
sem número de outras designações - Castro, Castro de Avelina, Arvelina ou Alfenim – era já
assinalado pelo Abade de Baçal como antigo povoado fortificado castrejo, em diversas notícias das
famigeradas “Memórias”, posteriormente aproveitadas por autores mais recentes (como Neto ou
A.C.F. Silva).
O despeito desses informes arqueológicos, o autor do relatório do P.D.M. de Bragança (Património
natural e paisagístico), Lusitano dos Santos, sugere que a designação “castelo” lhe advenha apenas
de respectiva geomorfológica – “um conjunto de pináculos rochosos de quartzitos que, ao
elevarem-se num cabeço cerca de 100 metros acima da superfície planáltica e pela sua disposição
fazem lembrar as ruínas dum Castelo medieval”.

Tradições:
Uma das tradições desta freguesia, como em muitas outras, é a matança do porco que, para além
de ser fonte de alimento, proporcionava ainda o convívio entre os participantes, momentos de
grande festa, com comida e bebida ao longo do ritual. Esta tradição realiza-se sempre no Outono
ou no Inverno, ou seja, nas épocas mais frias, para que não se estraguem as carnes.
Outra tradição são os jogos, praticados pelos populares, essencialmente nos tempos livres, depois
do trabalho, ou sempre que possível. Estes jogos aproximavam a população, que se divertia a
jogá-los e a assistir aos jogos, torcendo pela equipa preferida, dando motivação aos participantes
para praticarem jogos como o jogo do cântaro, do ferro, do pino ou chino, do fito, da malha e bisca
dos nove.


Pombares-Bragança

Pombares-Bragança

A cerca de uma trintena de quilómetros para sudoeste da Cidade de Bragança, a freguesia de
Pombares ocupa posição na orla ocidental concelhia, confrontando aí com o vizinho município de
Macedo de Cavaleiros. Algo exígua em extensão territorial, Pombares ocupa a vertente meridional
da Serra da Nogueira, ostentando desse modo uma topografia montanhosa, onde prevalece o
acidentado do terreno e as altitudes superiores aos 700 metros. O IP 4 e a E.N. 15 são as duas
principais ligações rodoviárias à capital concelhia, sendo complementadas, um pouco adiante de
Vale de Nogueira, por um ramal camarário específico, conducente à povoação de Pombares. 
Constituindo-se na menos populosa de todo o concelho, esta freguesia reunirá actualmente um
pouco menos de um cento de almas, no que demostrará em decréscimo populacional estimável em
cerca de 100%, em relação aos meados do século, altura em que registaria 197, residentes.
Este povoado terá entrado em declínio do seguido pelos finais do séc. XVIII, princípios do seguinte, 
tendo sido por completo abandonado. Já o Abade de Baçal, escrevendo pelo segundo quartel deste
século, aludia à existência ali “montões de pedregulhos”, tudo quanto subsistiria afinal das antigas
e humildes habitações.
A Igreja Paroquial de Pombares, também ela invocada a S. Frutuoso, é um templo de porte 
mediano e traça austera, a um gosto possivelmente setecentista. Ladeiam-no, quais gigantescas
sentinelas arbóreas, dois altivos e melancólicos ciprestes. Em 1717, surge esta Igreja (ou eventual
antecessora) incluída no rol dos templos adstritos ao arciprestado e comarca de Lampaças. Ainda
na povoação surge a Capela de S. Cristóvão, dotada de alpendre fronteiro fechado e alvo de
recente reforma. 


Tradições:
Os Provérbios, crenças e superstições, às quais se associam as rezas para as evitar ou para elas se
protegerem, são formas de cultura que ainda hoje os habitantes desta freguesia mantêm vivas no
seu dia-a-dia.
De todos os costumes e tradições que marcam e existência da freguesia de Pombares, não podem
deixar de ser referidos os jogos tradicionais, que animavam os tempos livres das pessoas desta
freguesia, tais como: o jogo da Malha, Pião, Arranca Trigo, entre outros.


Quintanilha-Bragança

Quintanilha-Bragança

Encaixada na orla nascente (e fronteiriça) do território concelhio, Quintanilha dista 31 quilómetros
da Cidade de Bragança, unindo-se esta através das E.N. 218 e 218-1. Muito recentemente, foi
inaugurado o troço Bragança-Quintanilha, integrado no IP 4, com uma extensão de 17,5
quilómetros e incluindo duas notáveis pontes sobre o rio Sabor e a ribeira do Porto.
A mineração teve também aqui sua importância outrora, onde o chumbo era explorado nas minas 
denominadas de Quintanilha (registadas sob os números 10 e 14) e do Carreirão do Ferradal.
Serão cerca de 328 os actuais residentes no lugares de Quintanilha, Réfega e Veigas, denotando
assinalável acréscimo populacional em relação aos 192 de meados do século.
A arqueologia local (uma vez mais dada a conhecer, em primeira mão, pelo infatigável Abade de
Baçal) contará dois antigos povoados fortificados da Idade do Ferro – o Castro de Réfega e o de
Quintanilha.
Pela “Inquirições” de D. Afonso III, datadas de 1258, se conhece ter aqui numerosos bens (casais) 
o mosteiro leonês de Moreirola, que os terá adquirido ao tempo de D. Sancho II. S. Tomé de
Quintanilha andou integrada no antigo concelho de Outeiro de Miranda, com carta de foral de 1514
e extinto em 1853.
Também o lugar de Veigas foi outrora – e até ao séc. XVII – sede de freguesia, preservando-se o
respectivo templo paroquial. Este guarda no seu interior um precioso legado de pintura mural
quinhentista
De superior interesse arquitectónico (e a clamar por classificação) é também a Capela de Nossa
Senhora da Ribeira, edifício da fábrica românica tardia (séc. XIV, provavelmente), atribuído pela
tradição à Rainha Santa Isabel, que teria patrocinado a sua construção. Outros valores patrimoniais
são a própria Igreja Matriz (talvez setecentista) e a Capela de Réfega.


Quintela de Lampaças-Bragança

Quintela de Lampaças-Bragança

Ocupando a ponta sudoeste do território concelhio, Quintela de Lampaças dista 29 quilómetros da
urbe brigantina, ligando-se a esta através da E.N. 15 ou, em alternativa via IP 4.
Razoavelmente extenso, este território paroquial alonga-se no sentido norte-sul, abrangendo uma
parcela planáltica de altitude média não muito elevada (cerca de 500 metros) e cortada por dois
pequenos cursos de água tributários do Azibo (alguns quilómetros a sul aprisionado em extensa
albufeira). Compreendendo os lugares de Bragada, Quintela e Veigas, esta freguesia englobaria
actualmente umas três centenas de residentes (eram 822 pelos meados do século), entregando-se
estes quase exclusivamente às actividades económicas do sector primário.
A Igreja Matriz invocada a N. Sra. Da Assunção, é um templo razoavelmente amplo e de sóbria 
traça a um gosto tipicamente “braganção”: na bisonha frontaria abre-se apenas um singelo e liso
pórtico em arco redondo (actualmente quase ultrapassado pelas dificuldades técnicas na sua
execução), contrastando as mais ou menos robustas aduelas com o restante aparelho, miúdo e
irregular (no xisto ou brecha local); ao alto, o invariável campanário de dupla sineira. Flanqueando
este templo sobressai uma algo maltratada casa solarenga, de belas janelas molduradas a um
gosto que se afigurará barroco e setecentista.
Ao centro do adro ergue-se ainda um rube e por certo arcaico exemplar de Cruzeiro, assente sobre
embasamento quadrangular de quatro degraus. Mais há para ver no domínio patrimonial edificado,
visitando as Igrejas de Veigas e Bragada, bem assim como a Capela de S. Miguel.


Rabal-Bragança

Rabal-Bragança

Situada na área central do Parque Natural de Montesinho, a freguesia de Rabal dista uns oito
quilómetros para o norte da capital concelhia, tendo acesso a esta através da fronteiriça E.N. 103-7
(Bragança – Portelo). De extensão mediana (2.094 hectares, muito exactamente), o território
desta freguesia, de natureza montanhosa – em plena Serra de Montesinho – é atravessada pelo
Rio Sabor, que tem suas nascentes alguns quilómetros para norte, junto á linha de fronteira. O seu
número de habitantes ultrapassará hoje as três centenas (eram 487 por 1950).
 Não muito distante deste Castro, e tomando a direcção do sudoeste, seriam ainda visíveis outros vestígios de estruturas pétreas, estas correspondentes a uma derruída construção de planta circular e cerca de seis metros de diâmetro.
O local dá pelo sugestivo nome de “Torre” e, embora surja arrolado em inventários de estações
castrejas brigantinas (Neto e A.C.F. Silva, p.e.), é natural que corresponda (como já P. Lopo o
advertia) a espécie de atalaia baixo-medieval, provável “posto avançado” do Castelo de Bragança.
As origens paroquiais deverão ser ainda um pouco mais remotas que a própria nacionalidade,
atendendo à plausível antiguidade local do culto do respectivo orago, S. Bartolomeu. Nas
“Inquirições” do séc. XIII é aqui testemunhada a existência de uma honra, respeitada ainda por D.
Dinis, por certo em razão da sua ancianidade.
O actual templo paroquial apresenta-se amplo e de equilibradas proporções, traindo na respectiva
traça uma ampla reforma de reconstrução datável dos séc. XVII ou XVIII. Proporcionando o acesso
ao coro há um anexo lateral, rematado ao alto por pequeno alpendre assente em um par de pilares
quadrangulares, servindo por uma escadaria adossada ao alçado meridional (onde se abre um
pórtico de verga curva).
Na freguesia existe também uma Capela de S. Sebastião. Outros valores patrimoniais edificados,
estes de índole civil, são a Residência Paroquial e a Casa da Fonte, dois interessantes exemplares
de arquitectura solarenga. Registam-se ainda diversos moinhos de água nas margens do Sabor.


Tradições:
Para além das festas religiosas que se realizam nesta freguesia, praticam-se também alguns jogos
tradicionais. Estes jogos são actividades lúdicas que possibilitam o convívio entre os habitantes,
dos quais se destacam: o jogo do Fito e o jogo da Relha.


Rebordaínhos-Bragança

Rebordaínhos-Bragança

Situando-se na franja ocidental do território concelhio, nos limites com o município vizinho de
Macedo de Cavaleiros, Rebordaínhos distará uns 22 quilómetros para sudoeste da brigantina urbe,
ligando-se e esta através da E.N. 15.
O seu pouco extenso território – 1,253 hectares – regista uma orografia montanhosa e acidentada,
estendendo-se pela vertente sudeste da imponente Serra de Nogueira. Acusando uma altitude
média bastante elevada (cerca de 700 metros), esta área paroquial é cortada por dois pequenos
cursos de água que por aqui perto possuem suas nascentes – o Rio Azibo e a Ribeira de Faílde. No
seu subsolo registar-se-ão algumas jazidas de carvão, grafite e ferro, com focos de mineração já
registados pelos anos vinte deste século.
Nas suas “Memórias”, este estudioso revela ainda a existência de algumas insculturas rupestres 
que teve oportunidade de observar “ no caminho que, pela crista do Cabeço, vai de Rebordaínhos a
Penha Mourisca”. No já aluído Cabeço Cercado ter-se-á erguido ainda, um época medieval, uma
antiga força.
Em 1290 e face ao resultados de novas “Inquirições”, D. Dinis acabaria por ordenar a devassa das possessões eclesiásticas nesta freguesia de Rebordaínhos, andando até então a maior parte dos casais ali existentes como
foreiros à Ordem do Hospital, ao Mosteiro de Castro de Avelãs e ao Arcebispo de Braga.
Atestando um antigo estatuto de vila, com direito a justiça próprias, ergue-se no centro da
povoação de Rebordaínhos o respectivo pelourinho, do tipo comum bragançano. Este sóbrio
testemunho de uma antiga e há muito perdida autonomia local foi classificada I.I.P. em 1933. De
medianas proporções e austera traça, a um gosto tipicamente bragançano e possivelmente já
oitocentista, é a Igreja Matriz de Redordaínhos. 


Tradições:
Para além das celebrações religiosas nesta freguesia, destaca-se ainda a tradição da festa de
Pereiros, o cantar dos Reis, da Serra das Velhas e do Casamento das Novas.
Nos tempos livres, os homens e as crianças da freguesia divertem-se, praticando vários jogos, tais
como o Fito, a Sueca, o Xincalhão e o Futebol.


Rebordãos-Bragança

Rebordãos-Bragança

Freguesia razoavelmente extensa e de assinaláveis valores patrimoniais histórico-arqueológico,
Rebordãos encaixa junto à orla ocidental concelhia, distando uns nove quilómetros para sudeste da
urbe brigantina (a E.N. 15, uma vez mais, providencia a ligação entre a freguesia e a cidade).
As gravuras rupestres inscritas num fraguedo do planalto da Sra. da Serra poderão indiciar a 
presença remota de populações, possivelmente já desde os finais do tempos pré-históricos (como
na vizinha Sortes). A tradição oral popular local prefere porém remetê-las para um contexto
“cristianizado”: os petróglifos seriam assim as pretensas marcas de ferraduras da “burrinha que
levou Nossa Senhora ao Egipto”.
O Castelo de Rebordãos fica a cerca de um par de quilómetros para norte da povoação daquele 
nome, ocupando com suas ruínas a parte superior da crista rochosa.
Tudo quanto resta da fortaleza medieval, classificada I.I.P. em 1955, são alguns tramos de muro
executados com pedra miúda e argamassa, atingindo na sua maior altura cerca de três metros. O
recinto assim muralhado ostentaria originalmente uma planta sub-quadrangular, abarcando uma
área algo reduzida.
Teimosamente erguido, contra a inclemência do tempo e da acção humana ao longo do século, persiste o
rudimentar Pelourinho de Rebordãos, também ele classificado I.I.P em 1933.
Trata-se de uma estrutura em granito da região, composta pela tradicional base em degraus,
suportando uma coluna de fuste octogonal e encabeçada por desproporcionada peça de formato
cúbico. 
A Igreja Matriz é um edifício de traça recente, flanqueada por desproporcionada e algo estranha
torre e marcada por dois pequenos alpendres defendendo os pórticos principal e lateral. Parem
além deste templo paroquial, existem na freguesia as Capelas de N. Sra. Da Serra (em Sarzedas,
Meeiras com Sortes), de Santa Teresinha e de S. Sebastião.


Rio Frio-Bragança

Rio Frio-Bragança

Abarcando uma boa fatia de território na área oriental concelhia, Rio Frio dista uns 25 quilómetros
para sudeste da respectiva capital, unindo-se a esta através da E.N. 218 (que liga Bragança a
Vimioso). Com a recente inauguração do IP 4, entre Bragança e Quintanilha, Rio Frio terá
beneficiado de algum encurtamento naquela distância, para além do manifesto melhoramento da
acessibilidade.
O rio Sabor, correndo de norte para sul, traça os limites ocidentais deste território paroquial, onde
predomina uma topografia de tipo planáltico e não especialmente acidentada (a altitude média
orçará pelos 400 metros). Contando cerca de 350 habitantes, a freguesia integra os povoados de
Rio Frio e Paçô.
O lugar e paróquia anexa de Paçô de Outeiro aparece igualmente noticiado nas “inquirições” de 
1258, tendo constituído uma honra do mosteiro beneditino de Castro de Avelãs.
Em termos patrimoniais de índole arquitectónica, Rio Frio conta com um interessante templo de
singela mas graciosa traça setecentista. Também de graciosa traça possivelmente setecentista é a
Capela de N. Sra. ao Pé da Cruz, com confraria instituída em 1734. Quer a tradição que aquele
culto tenha ali remota origem, referindo-se até a suposta oferta de uma imagem pelo Santo
Condestável, que ali terá passado por 1386. Mais possui a freguesia a Capela de N. Sra. das
Necessidades, erguida no alto de um proeminente outeiro, de onde se disfruta de abrangentes
panorâmicas. 
Em Paçô pode apreciar-se a respectiva Igreja, a qual integra na frontaria um portal em arco
redondo com data oitocentista. Há ainda as Capelas de Santa Ana e do Senhor do Resgate e
diversos cruzeiros. Na arquitectura civil merecem referência um edifício solarengo do século
passado conhecido por “casa do joãozinho” e a Fonte do Olmo, de cantaria e encapelada.


Tradições:
Durante as festas religiosas celebradas nesta freguesia e, também, nas tardes de Domingo, a
população costumava reunir-se para conviverem e se divertirem praticando diversos jogos
tradicionais. Estes jogos, embora menos praticados que antigamente, hoje em dia ainda são
praticados pelos habitantes desta freguesia, os quais vêem neles uma forma de expressar a sua
tradição.
Os jogos do Fito, do Cântaro e da Sueca são exemplos dos jogos praticados na freguesia de Rio
Frio.


Salsas-Bragança

Salsas-Bragança

Encaixada no interior da metade sul concelhia e distando cerca de 27 quilómetros para sul da
respectiva capital, a freguesia de Salsas obtém ligação àquela cidade quer através da E.N. 15, quer
pelo IP 4 (em itinerário que se completa por intermédio de um curto ramal camarário de acesso).
Posteriormente, e com a construção da Linha de Caminho de Ferro do Sabor, foi o local escolhido para uma das estações, complexo que também se conserva, pese embora a desactivação daquela linha, ocorrida a pouco mais de uma década atrás.
S. Nicolau de Salsas conta actualmente com cerca de 600 residentes, entregando-se a população
activa, fundamentalmente, ás actividades do sector primário (notabilizando-se a produção de
castanha).
 A Casa Grande, embora de modesta traça, merece também alusão.
Em Chãos fica a Capela do Divino Salvador, bastante espaçosa e de austera traça. No lugar de
Moredo fica outro interessante templo, em cujo o interior é de apreciar o Altar das Almas, de
formosa talha. Curiosa designação é a de uma estrutura em cantaria, bem preservada e conhecida
por “fonte que ardeu”.
Como se não bastasse ao esconjuratório ritual os diabólicos chifres, arreganhados dentes,
compridas línguas e postiças caudas dos “caretos”, ainda estes se entregam a infernal barulheira,
chocalhando e percutindo uma parafernália de improvisados “instrumentos”.


Tradições:
Para além das festas religiosas, existe ainda a festa dos Caretos com características de ritos
antigos devido à presença das máscaras (os caretos), que saem à rua no dia de Reis.
Entre os Reis e o Carnaval pratica-se o Tocar do Lato, embora não com tanta regularidade com que
se realizava antigamente.
Existem ainda outras tradições, como “Serrar as Velhas” e contratos de casamentos no Domingo
Gordo.
Na freguesia de Salsas praticam-se ainda jogos tradicionais como o jogo do Fito, a Raiola, a Relha,
o jogo da Pedra e o jogo dos Paus. Na romaria do Divino Senhor dos Chãos, dia 14 de Setembro,
há uma luta tradicional de touros.


Samil-Bragança

Samil-Bragança

Localizada na periferia meridional citadina de Bragança, esta pequena freguesia de Samil dista
daquela urbe uns escassos três quilómetros, com ligação através da E.N. 217.
A caracterização do seu pouco extenso território aponta, uma vez mais, para uma tipologia
planáltica, de pendor pouco acidentado e altitude média a rondar os quinhentos metros. No seu aro
residirão actualmente cerca de mil almas, o que a tornará numa das mais populosas freguesias
brigantinas.
Também do período medieval, mas mais plausivelmente respeitante à época da reconquista cristã 
(séculos IX a XII), será a sepultura escavada na rocha existente no sítio conhecido pela
curiosíssima designação de Martim Cansado. Santa Maria (depois N. Sra. da Assunção) de Samil foi
outrora um simples curato anexo à vizinha Santa Maria de Bragança.
O actual templo paroquial, amplo e de agradável traça, destaca-se do casario envolvente mercê de
uma posição ligeiramente sobrelevada. 
De formosa e equilibrada traça, a um gosto que se nos afigurará de um comedido barroco
setecentista, é a Capela de Cabeça Boa. Uma pequena fonte encapelada, ornamentada com dois
fogaréus de pequena cruz de granito, é também um real valor do património edificado local, onde
se inclui ainda uma pequena ponte de cantaria de arco único.


Tradições: 
Na freguesia de Samil, as tradições evidenciam um carácter religioso da sua população,
manifestando-se em festas e Romarias em honra dos seus santos devotos.
Os jogos tradicionais ainda são praticados nesta freguesia, particularmente aos fins-de-semana e
nos dias de festa. Para além de proporcionarem o convívio, os jogos são também uma forma de
preservar e divulgar tradições que tendem a desaparecer com o tempo. Os jogos que mais se
praticam nesta freguesia são: o Fito, Relha e Ferro.


Santa Comba de Rossas-Bragança

Santa Comba de Rossas-Bragança

Sita na área meridional concelhia, a uns dezanove quilómetros para sudeste da cidade sede, Santa
Comba de Rossas detém uma área paroquial algo reduzida, sendo habitada actualmente por umas
setecentas almas. Implantada á margem da “Velha” E.N. 15, a povoação de Santa Comba de
Rossas tem naquela via um dos acessos à urbe brigantina, em alternativa ao mais expedito e
recente IP 4. Também por aqui passava a antiga Linha de Caminhos de Ferro do Sabor, outrora
ligado, em pitorescos percursos, as cidades transmontanas de Mirandela e Bragança. Nos limites
ocidentais da freguesia, localiza-se a desactivada Estação de Rossas, em trecho peculiar do
trajecto, visto que atingia, com seus 849 metros, a mais elevada cota de altitude registada em
todas as linhas do País.
A actual Igreja Matriz é um templo razoavelmente amplo e de algo imponente traça setecentista, 
ostentando na frontaria a data de 1741. Surge esta fachada principal, toda de cantaria à vista e
dotada de um imponente pórtico de sabor classicizante, rematada pelo invariável campanário
“braganção”, de tripla ventana.
O imóvel encontra-se implantado em posição baixa, surgindo algo obliterado por um caminho de
terra batida, a uns dois quilómetros distantes da povoação, fica um outro templete de formosa
traça possivelmente setecentista, este em aprazível localização campestre, rodeando de seculares
castanheiros e outros frondosos espécimes arbóreos. Trata-se da Capela de Nossa Senhora do
Pereiro, notabilizada pala concorrida romaria ali efectuada aos 15 de Agosto de cada ano. Na
frontaria do templo sobressai, abrigada em um nicho, uma imagem pétrea da Padroeira, talhada
em calcário e de certa beleza escultórica.


Santa Maria-Bragança

Santa Maria-Bragança

Trata-se de uma das duas freguesias que integram o perímetro urbano brigantino, sendo esta
precisamente a que constitui a metade oriental do burgo. Embora abrangendo uma área superior à
da vizinha Sé, Santa Maria é bastante menos populosa, registando nos últimos censos 3240
habitantes.
Em pleno centro urbano, no chamado Largo do Principal, está 
um outro importante templo brigantino, invocado a S. Vicente, onde a tradição fez sediar, com
laivos de romantismo, o casamento do temperamental D. Pedro, ainda infante, com a malograda
Inês de Castro. Do outro extremo do largo fica a Casa do Proposto, exemplar de arquitectura civil
solarenga e equilibrada traça, com seu piso intermédio integrando, na fachada principal, uma
galeria aberta por quatro amplos vãos em arco redondo. A clamar por demorada e atenta visita
está o Museu Abade de Baçal, instalado no edifício do antigo Paço Episcopal setecentista. Bastante
comprida, a frontaria do imóvel surge dividida em três diferentes corpos, sendo o central
naturalmente nobilitado e armoriado.

Historial

Santa Maria, com uma área de 14,11 km², é uma das quarenta e nove freguesias do concelho e
uma das três que constituem a cidade de Bragança, estando delimitada pelas localidades da Sé,
Samil, Alfaião, Gimonde, Baçal e Meixedo.
As origens desta freguesia estão, indiscutivelmente, associadas à História de Bragança. Do seu
passado sabe-se que, em meados do século X, as terras de Bragança eram de domínio do conde
No ano de 1199, a vila foi cercada por D. Afonso IX, rei de Leão, que se viu forçado a levantar o 
cerco com a chegada das hostes do monarca português, D. Sancho I. O crescimento da vila
obrigou, já no reinado de D. Dinis, à edificação de uma nova linha de muralhas e à realização de
trabalhos construtivos no castelo.
No decorrer da guerra entre D. Fernando e Henrique I de Castela, em 1369, Bragança e o seu
castelo cederam ao domínio das tropas castelhanas, que se assenhorearam da vila, voltando às
mãos portuguesas com o Tratado de Alcoutim, alcançado em 1371.
A crise dinástica e as manobras políticas do alcaide João Afonso Pimentel fizeram o castelo mudar
de mãos por mais de uma vez. Mais tarde, em 1762, Bragança seria, novamente, assaltada pelas
tropas espanholas do Marquês de Sarria, aquando da invasão de Trás-os-Montes, e, em 1808, seria
a vez das invasões napoleónicas.
Santa Maria guarda do passado, recheado de acontecimentos históricos, as suas belezas
patrimoniais, como é o caso da Domus Municipalis, precioso exemplar da arquitectura civil
portuguesa do século XIII ou do Pelourinho, que, nas palavras do historiador José Hermano
Saraiva, "não poderia figurar melhor a origem de Bragança: a vida do município medieval a
enraizar no terreno profundo da pré-história".

Actividades

- «À Noite no Castelo» (evento anual que decorre, no Castelo, entre Junho e Agosto);
- Desfile de Carnaval das Crianças de Santa Maria (Carnaval);
- Dia da Árvore pelas Crianças de Santa Maria (21 de Março);
- «O Natal dos Pequeninos de Santa Maria» (Natal); 
- Dia Mundial da Criança (1 de Junho);
- Dia Mundial do Ambiente;
- Visitas de Estudo com as crianças das escolas do 1.º Ciclo do Ensino Básico da Freguesia
(Estacada e S. Sebastião);
- Presépio de Santa Maria (Natal);
- Concerto de Natal de Santa Maria (semana de Natal);
- Magusto de Santa Maria (Outubro);
- OTL e ATL «Férias Activas, tempos Livres Valorizados» (decorre no Verão);
- Cursos de Formação Pedagógica de Formadores e de Francês, organizados pela Junta de
Freguesia, ao longo de todo o ano;
- Posto Público de Acesso à Internet;
- «Concurso de Cascatas de Santos Populares» em Santa Maria;
- Almoço Anual para Carenciados, Idosos e Pensionistas de Santa Maria;
- Viagem Anual para Carenciados, Idosos e Pensionistas de Santa Maria;
- Comemoração do Dia do Padre Miguel;
- A Junta de Freguesia de Santa Maria possui um órgão de informação mensal, o Boletim
Informativo DOMUS. Ele chega gratuitamente, todos os meses, a casa dos cidadãos da
Freguesia.
Turismo
As associações recreativas e culturais existentes nesta freguesia desempenham um papel
importante na preservação e divulgação das diversas formas de cultura da região, não só por
constituírem locais de reunião e convívio por excelência, mas também, porque tomam a seu cargo
a realização de eventos de natureza desportiva, religiosa, política ou cultural.

Monumentos

Castelo de Bragança

O Castelo de Bragança foi construído no início do século XV, segundo Pedro Dias, erguendo-se no
alto de uma elevação, a cerca de 700 metros de altitude. A construção, em granito, apresenta um
extenso conjunto de muralhas, formando quatro recintos individualizados entre si.
De referir ainda que, em 1727, D. João V mandou fazer obras gerais na fortificação. A conservação 
do edifício tem, aliás, exigidas várias intervenções ao longo dos últimos tempos. Assim, em
1936/39, procedeu-se ao restauro das muralhas e, um ano mais tarde, em 1940, fez-se o mesmo
com a torre de menagem. Em 1944/49, nova intervenção para restauro das muralhas e da torre de
menagem, para além das obras de reconstrução de apoio à Torre do Relógio e assentamento de
portas. Em 1956 tem lugar a reparação do travejamento do torreão e, em 63, o mesmo acontece
com a muralha envolvente da Domus.
Dois anos mais tarde, em 83/84, têm lugar as últimas obras de conservação nos paramentos do
castelo, procedendo-se também à remodelação da rede eléctrica. A instalação desta na área
envolvente seria feita na década seguinte, em 1991.

Domus Municipalis

A Domus Municipalis constitui um belo exemplo de arquitectura românica civil, sendo o único do
género na Península Ibérica. Provavelmente construído entre os séculos XIII e XIV, o edifício
integra-se no aglomerado amuralhado da antiga cidadela, ladeando a Igreja de Santa Maria. A sua
construção, em granito, é composta por cinco faces de dimensão irregular, abrindo-se, na de maior
extensão, duas portas de folha única a vão rectangular. As janelas, dispostas ao longo de todas as
faces de construção, apresentam arco abatido e moldura lisa, com excepção das sete colocadas a
E., que possuem, no interior, uma arquivolta com ornatos estreliformes.
O primeiro piso do edifício, constituído por um único salão com pavimento lajeado, exibe uma 
"sédia" ao longo de todas as paredes, para assento dos membros do Conselho Municipal. A cornija
interior assenta sobre cinquenta e três modilhões, alguns dos quais historiados. Por curiosidade,
refira-se que este edifício foi construído para, inicialmente, servir de cisterna, sendo, por isso,
referido em alguns documentos mais antigos como "Sala da Água".

Pelourinho de Bragança

O Pelourinho de Bragança insere-se, actualmente, no interior da povoação fortificado, perto da
torre de menagem. Símbolo do Poder Municipal, a sua construção, em granito, remonta ao período
medieval, possivelmente, aos séculos XII-XIII, altura em que D. Sancho I lhe concedeu foral,
sendo mais tarde confirmado por D. Afonso II.
Importante marco histórico-cultural, o Pelourinho assenta sobre uma base poligonal de quatro
degraus, sobre a qual está um "berrão” com cerca de 2 metros de comprido, também conhecido
como “a porca da vila”.
As patas apresentam desgaste, devido à destruição causada pelo arranque forçado da obra do seu
primeiro local. O fuste, colocado a meio do corpo do "berrão", é formado por uma coluna cilíndrica,
com cerca de 6 metros de altura, sendo rematado por capitel com cruz de braços iguais. Os topos
dos braços são esculpidos, representando, na sua maioria, figuras humanas e animais.
A encimar a cruz está um escudo, no qual se vislumbram um castelo e quinas. O conjunto remata
com um outra figura humana.
Luís Chaves (1930) inclui este Pelourinho românico no “tipo bragançano”, chamando a atenção
para o facto do incluído em conjuntos de Pelourinhos que apresentam cenas mitológicas ou de
suplício. Em 1706, o padre Carvalho da Costa referia a existência de uma praça, na qual estava o
Pelourinho e os Paços Municipais. Em 1860, o Pelourinho é transferido para a Praça de Santiago,
onde se encontra até hoje.

Convento e Igreja de S. Francisco

A construção deste convento deve-se, em grande parte, a D. Afonso III, que, em 1271 terá
deixado, em testamento, cinquenta libras aos franciscanos de Bragança. Edificado no século XIII, a
fundação do Convento foi, então, atribuída a São Francisco, aquando da sua passagem pela cidade
a caminho de Santiago de Compostela.
Situado na vertente Norte do Castelo, este edifício, em granito, apresenta uma estrutura em forma
de cruz latina, tendo a cobri-la, um telhado de duas águas. A fachada exibe um portal renascença
com arco pleno, sendo ladeado por duas colunas adossadas que, por sua vez, estão rematadas por
pequenas pirâmides. Um pouco mais acima existe uma janela abocinada, de vão rectangular. Na
empena do lado esquerdo está instalada uma torre sineira e um vasto edifício de três registos, que
serviu outrora de hospital. 
A talha que a orna esconde um fresco do século XVI, com área de 1,30m2, onde está representada Nossa Senhora da
Misericórdia, rodeada por rei e rainha, nobres, clérigos e outras figuras da corte. Frente ao altarmor, no pavimento, está a lápide sepulcral do seu fundador e, sob ela, uma cripta de 4,16 por
3,35m, onde repousa o corpo em túmulo granítico.
Dos seis altares laterais destaca-se a da Nossa Senhora da Conceição, concebido para se orar por
intenção dos falecidos. O incêndio de 1728 destruiria parte do edifício, obrigando a obras de
reconstrução. Vinte anos mais tarde, em 1748, O arco do cruzeiro, de volta perfeita, substitui os
três arcos primitivos.
O decurso das obras obrigaria ainda ao entaipamento de quatro janelões das paredes das naves
laterais. Já no século XX, o Convento viria a sofrer novas intervenções, como foi o caso da
construção de um novo altar-mor, em 1915, da recuperação de parte do edifício e cobertura
exterior do hospital, em 1983/4, e do restauro da capela, em 96-97. De referir ainda que o Arquivo
Distrital está a funcionar nas instalações deste convento.

Igreja de Santa Maria

É um edifício românico, e adquiriu feição barroca com as obras de restauro realizadas no século
XVIII. Destaque para o portal principal, ladeado por duas colunas salomónicas decoradas.

Igreja de São Vicente

Foi construída no século XIII e já em meados do século XVII, veio a ser reconstruída, devido ao
desmoronamento de uma torre da segunda muralha do castelo. O interior exibe decoração barroca,
mas ainda é possível observar a traça românica primitiva do edifício. Destaque para a capela-mor,
em talha dourada muito rica, e para o Painel de Azulejos (1929), que retrata o General Sepúlveda
na proclamação entre as invasões napoleónicas (1808). Consta que terá sido nesta Igreja que D.
Pedro desposou, em segredo, D. Inês de Castro.

Igreja de São Bento

Foi construída em finais do século XVI e pertenceu, em tempos, ao Mosteiro de São Bento. A sua
principal fundadora terá sido D. Maria Teixeira, cuja pedra de armas está esculpida no interior do
edifício. No interior há que destacar, “um dos únicos tectos de alfarge” (segundo "A Grande 
Enciclopédia Luso-Brasileira"), estilo renascentista, e o retábulo do altar-mor, em talha do século
XVIII.

Capela de S. Lázaro

Esta capela situa-se nos subúrbios de Bragança, perto da ponte romana sobre o rio Sabor. Como
refere o Abade de Baçal, "O Cânon XXIII do Terceiro Concílio Ecuménico de Latrão, celebrado em
1179, ocupava-se dos leprosos concedendo-lhes igrejas próprias [..]”. Conclui o Abade que esta
Capela de S. Lázaro foi construída nesta época do Concílio de 1179. Durante mais de meio século,
a Capela esteve sob a jurisdição da Paróquia da Sé. A partir de 1984 foi entregue à Paróquia de S.
Bento e S. Francisco, na medida em que está inserida na sua área territorial. A Capela de S. Lázaro
é pertença do Cabido da Sé Catedral.

Museu do Abade de Baçal

Está situado no antigo Paço Episcopal, este edifício poderá ter as suas origens nas antigas casas da
Mitra e no Colégio de S. Pedro existentes no local, durante o século XVII. Contudo, a importância
da cidade, no contexto diocesano de Bragança e Miranda, aliada à obrigatoriedade do bispo D. João
de Sousa Carvalho aí se fixar obrigaram à realização de algumas obras, no sentido de ampliar e
melhorar as ditas instalações. O edifício viria a sofrer novas alterações, aquando da mudança da
sede episcopal de Miranda para Bragança (1764-76). Sob o episcopado de D. Frei Aleixo de
A principal colecção de numismática, constituída por duas mil moedas portuguesas, foi legada em 
1973 pelo coronel Ramires. A última doação, com algum mobiliário e boa pintura, efectuou-se em
1992, através da esposa do falecido Dr. Eduardo Costa. Assim nasceu o Museu, uma amálgama de
objectos angariados de formas variadas, desde a prospecção amadora do coronel Albino Lopo à
colaboração do sacerdócio, estimulada por pastorais, sobretudo do Bispo D. José Alves Mariz,
passando pelas centenas de doações individuais. Do conjunto sobressai a ourivesaria civil e sacra,
das melhores colecções do museu, o conjunto de pintura e o mobiliário. Com a criação do Museu
Regional e a incorporação neste do Museu Municipal e de parte do acervo do antigo Paço Episcopal,
o novo museu ficou mais rico, artisticamente mais elaborado e suficientemente importante par
confirmar a identidade local, mas também para a afirmação da identidade nacional.

Ponte do Jorge 
A ponte, de tabuleiro horizontal sobre arco quebrado, é da autoria do arquitecto Pero de La Faia,
que, no ano de 1556, conseguiu arrematar a sua construção à Câmara de Bragança. Construída na
segunda metade do século XVI, esta ponte ainda hoje mantém a circulação pedonal entre as
margens altas do rio Fervença. A fazer parte do conjunto está uma fonte de espaldar, que
apresenta a taça enterrada, sendo enquadrada por duas pilastras de feição jónica e encimada pelas
armas do Concelho.

Ponte de Granja

Esta ponte está integrada no caminho velho, que ligava Bragança ao Portelo, atravessando a
Ribeira que tem o mesmo nome, permitindo a circulação rodoviária entre as suas margens. A
ponte, de tabuleiro plano, assenta sobre um único arco quebrado. O intradorso do arco mostra dois
tipos de aparelhos diferentes, o que leva a crer que a ponte terá sido alargada. O tabuleiro, com
cerca de 4m, está pavimentado com calçada, tendo guardas em alvenaria de xisto argamassado e
remate superior com lajes dispostas verticalmente.
Esta ponte está acessível pela EN 218, que liga Bragança a Vimioso e une as margens do Sabor, 
onde o vale se apresenta mais encaixado. Construída durante a Idade Média, a Ponte insere-se no
traçado da Via XVII do Itinerário de Antonino, encontrando-se no caminho medieval e, mais tarde,
moderno, que ligava a cidade de Bragança à Vila de Outeiro de Miranda.
De tabuleiro horizontal, a ponte assenta sobre três arcos quebrados de dimensão irregular. Os dois
pilares da ponte estão reforçados com contrafortes, sendo os talhamares triangulares, ao passo
que um dos talhantes é triangular e o outro rectangular. Os encontros também estão reforçados,
sendo o da margem O. em forma de pegão com talhante e talhamar triangulares, enquanto o da
margem E. tem um reforço rectangular do lado jusante.
O tabuleiro apresenta um pavimento de calçada e as guardas são em alvenaria de xisto.
As várias gárgulas existentes nas faces servem de escoamento das águas sobre o pavimento.


Sao Julião de Palácios-Bragança

Sao Julião de Palácios-Bragança

Sita junto à orla fronteiriça e oriental deste concelho brigantino, a freguesia em apreço ocupa uma
razoável área, distando uma dezena e meia de quilómetros da cidade de Bragança, tomando a
direcção a Nascente. Cumprindo o papel de principal ligação viária a capital concelhia, estão as
E.N. 218 (até Gimonde) e 308.
Ao centro, destacando-se em altura mercê do típico campanário de agudo remate, levanta-se a 
Igreja Matriz, espaçoso templo de alargada frontaria, a deixar adivinhar o interior dividido em três
naves por duas filas de colunas. Esta Igreja Matriz coexiste, no mesmo lugar principal, com dois
pequenos templetes, dedicados a S. Sebastião (de elegante traça talvez já oitocentista) e Santa
Cruz. Esta última estrutura, de aspecto vulgar e traindo um recente restauro (a nível de cobertura,
sineira e reboco) mostra a data de 1850 gravada na frontaria. Porém, lateralmente, surge uma
outra inscrição, que nos pareceu respeitante ao ano de 1579. Outras duas capelas, de modestas
dimensões e traça, subsistem ainda nos lugares de Caravela e Palácios, respectivamente. 

Tradições
Nesta freguesia existem várias festas e romarias que alegram as gentes da terra.
No dia 26 de Dezembro, celebra-se a festa dos Rapazes. Conforme a tradição, os rapazes
percorrem a povoação mascarados, vestidos de fatos felpudos de variadas cores, soltando gritos ao
som da gaita de foles.


São Pedro de Sarracenos-Bragança

São Pedro de Sarracenos-Bragança

 

Localizada a sul da capital concelhia, S. Pedro de Serracenos distancia-se daquela uma escassa
meia dezena de quilómetros, com ligação directa através da E.N. 217. O seu não muito extenso
território caracteriza-se por uma topografia pouco acidentada, em suave ondulado de altitude
média estimável pelos quinhentos metros. A sul corre-lhe um pequeno sub-afluente do Sabor,
conhecido localmente por Ribeiro do Penacal.
Ao alto a empena, a invariável dupla sineira produz algum contraste no seu acinzentado granítico 
com a brancura das paredes (presentemente o imóvel apresenta-se caiado de branco, bem assim
como um dos característicos pombais da região, erguido logo adiante).
Bem conservada está, bem no centro do povoado, a capela de S. Caetano. De elegante traça
barroca, terá sido edificada em 1694.
Muito perto fica um pequeno nicho ou oratório alpendrado e, mais adiante, a Fonte do Meio do
Povo, típica estrutura encapelada com abertura em arco redondo, erguida ligeiramente abaixo da
cota do terreno e protegida por murete em semi-circular (defronte estende-se um comprido
tanque). A residência Paroquial merece uma atenta visita, não só pela sua traça arquitectónica mas
sobretudo pelo recheio que encerra a nível de pintura sacra sobre tábua, avultando entre os
diversos painéis uma figuração do martírio de S. Pedro de certo talento e mérito artístico. Outra
bonita capela, esta um tanto degradada, é a do S. António, com data patenteada na frontaria de
1734.


Bragança-Sé

Bragança-Sé

Constituindo a metade ocidental da brigantina urbe, esta freguesia da Sé consagra-se como a mais
populosa do concelho, com seus 12770 Eleitores ou 16594 habitantes. De facto, tem sido em
particular para esta área paroquial que o tecido urbano mais contínua e densamente se estendeu,
proporcionando-se as condições topográficas e viárias adequadas.
Assente sobre duas colinas de certa amplitude, à margem norte do pequeno Rio Fervença, a actual
No Governo do Bispo Dom Frei Francisco Pereira, natural de Vila franca, morrendo este a 9 de 
janeiro de 1621 em Miranda, pensou-se muito a sério na transferência para Bragança "por várias
razões".
Dom Aleixo, a 28 de Agosto de 1967, publicou uma provisão ordenando a mudança da paróquia de 
São João Baptista para a nova paróquia da Sé de Bragança.
Apesar de alguns capitulares discordarem de tal mudança, pois Bragança não possuía um templo
que satisfizesse as exigências de uma catedral, Dom Aleixo ordena mais uma vez a transferência.
O terreno de construção seria junto do antigo seminário, cerca do liceu, (ex-Escola Augusto
moreno) no entanto os Mirandeses tentaram impedir a sua construção.
Em 17 de Fevereiro de 1764, EI-Rei autorizou, por carta régia, a mudança da Sé para Bragança, e
o Papa em 1776 confirma tal mudança.


Mudança da Sé para esta cidade.

1764
Sendo Deus servido dar remédio ao detrimento que este bispado sofreu desde a sua fundação por
se haver estabelecido a sua Egreja Cathedral no ultimo logar delle dispoz el rei Nosso Senhor por
carta firmada se seureal punho em 17 de Novembro que fosse trasladada a sobredita Egreja para
esta nobre cidade que havia dado o titulo ao seu real ducado. E porque devemos render ao mesmo
Deus as devidas graças por um benefício tão grande e havemos elegido a Egreja de Santa Maria
para esta justa funcção o participamos assim a vossas mercês para o fim de ser com a sua
assistência mais solemne o dia de hoje quarta feira pelas duas para as tres horas da tarde. Fr
A/eixo, bispo de Bragança 


Autorização da mudança concedida por El-Rei:
Reverendo Bispo de Miranda
Amigo
Eu El-Rei vos envio muito saudar. Sendo-me presente a vossa representação e os inconvenientes
que há para se conservar a Egreja Cathedral do vosso bispado na cidade de Miranda, pedindo-me
faculdade para se estabelecer na de Bragança por ser mais populosa, abundante e bem provida e
estar no centro do mesmo bispado; e attendendo a que a referida cidade de Miranda se acha na
mais remota povoação delle e em situação aspera e fragosa e ser o seu terreno pouco fructifero e a
outros motivos que me foram presentes: hei por bem conceder-vos licença para que vos mudeis
ocomos vossos cónegos para a dita cidade de bragança e estabeleçaes nella a Egreja Cathedral do
vosso bispado, pela maior utilidade que resulta desta mudança a toda essa diocese e para que sem
tanto incommode possaes cumprir com as obrigações de vosso pastoral officio, vigando sobre o
bem espiritual de um tão numeroso rebanho.
Palácio da Nossa Senhora da Ajuda, 17 de Novembro de 1764
Rei D. João I

A Praça da Sé
Na falta de uma designação própria, passou a designar-se por Praça
da Sé. No primeiro centenário de Almeida Garrett (18 de Setembro de
1902), deixou de ter o nome de Praça da Sé para se passar a chamar
Praça Almeida Garrett. Faz cem anos.
Pelos finais dos anos vinte, o Dr.ª Raul Teixeira manda um ofício à
Câmara, no sentido de lhe ser restituído o nome de Praça da Sé,
mantendo-se com este nome até aos nossos dias.
Na esquina da Praça fixou-se um painel em azulejo, com a legenda
"Praça da Sé".

Monumentos 
Cruzeiro Renascença da Praça da Sé
Em 1689, os Jesuítas ergueram um cruzeiro na Praça da Sé, um
monumento religioso, pois possui uma cruz encimada. Este
monumento esteve feito em bocados, no cemitério público, desde o
ano de 1875 ao ano de 1931.
Foi o Presidente da Câmara Municipal, José Carlos Ledesma Pereira de
Castro, que o derrubou e fez em bocados, tirando-o da Praça da Sé,
apesar do povo de Bragança se mostrar revoltado e impotente diante
da força armada, protestando com lágrimas, gritos e berros, chegando
a guardar e a beijar os pedacinhos de pedra que iam caindo.
A partir de 1875 os pedaços do cruzeiro ficaram encostados ao muro
do cemitério. Em 1905 o Dr.º Raul Teixeira, teve a ideia de mandar
construir na Praça um coreto feito a expensas públicas, que serviu
durante anos para concertos da Banda da Infantaria 10. Na altura era
este o único coreto da cidade.
Posteriormente cria-se o "Grupo de Amigos dos Monumentos e Obras
de Arte de Bragança" presidido pelo Abade de Baçal, que redigiu à
Câmara Municipal de Bragança, uma representação a favor do
cruzeiro. Esta comissão, bastante animada e interessada, mandou
reunir todos os pedaços do antigo cruzeiro, recompondo-o e
colocando-o numa base de granito, no ano de 1931.
O cruzeiro é uma bela obra do século XVII, um elemento importante
do património artístico de Bragança.


Sendas-Bragança

Sendas-Bragança

Nos limites meridionais concelhios, a confrontar com o município vizinho de Macedo de Cavaleiros,
fica esta freguesia de Sendas. Cerca de uma trintena de quilómetros a separam da capital
concelhia, que lhe fica a nordeste, com ligação através das E.N. 15 (ou IP 4) e 15-5, havendo
ainda que vencer um ramal camarário específico. Também a já desactivada Linha do Sabor por
aqui cruzada outrora suas pitorescas locomotivas e composições, agora objecto de pequena mostra
museológica na cidade de Bragança...
Quanto à Igreja de Vila Franca, é esta de singela traça e modestas proporções, ostentando na 
frontaria um portal de esquadria liso e uma bem escalonada e integrada sineira dupla a rematar a
empena. A sua fábrica corresponderá também, muito plausivelmente, á época setecentista.
A Igreja Matriz, em Sendas, é extraordinariamente semelhante, mostrando-se porém ligeiramente
mais acanhada. Em Fermentãos existe um outro templo.
A chamada Casa Episcopal (de interessante traça solarenga), um pequeno aqueduto, diversas
fontes encapeladas, moinhos de água e uma pequena ponte de cantaria, são outros tantos valores
patrimoniais a fazer desta freguesia de Sendas um assinalável ponto de paragem e visita.

Tradições:
As festas e as romarias, celebradas em qualquer região, reflectem a parte religiosa, sendo vividas
com muita fé, alegria e divertimento.
Antigamente, praticavam-se variados jogos, como forma de preenchimento dos tempos livres e
proporcionando o convívio, sobretudo dos mais novos.
O jogo do Fito, da Relha, do Calhau, do Ferro, do Pingue, da Bilharda ou da Roça são exemplos dos
jogos praticados nesta freguesia, que animavam os participantes e os espectadores. Actualmente,
apesar de terem pouca adesão, alguns habitantes ainda se divertem com alguns destes jogos
tradicionais.


Serapicos-Bragança

Serapicos-Bragança

Encaixando também na orla meridional deste concelho de Bragança, a freguesia de Serapicos dista
da capital concelhia, e em direcção ao sul, cerca de trinta e dois quilómetros, vencidos estes
através do IP 4 ou E.N. 15 (até Vale de Nogueira) e pequeno ramal camarário de ligação.
Rica em valores patrimoniais edificados de índole religiosa, Serapicos tem na respectiva Igreja
Matriz um interessante exemplar de singela traça barroca ao gosto provincial, possivelmente da
primeira metade de setecentos.
Deveras interessante é também a Capela de N. Sra. do Viso, com seu Santuário integrando oito
templetes alusivos ao calvário. De traça original possivelmente seiscentista, a dita capela sofreu
um importante restauro pelos finais do século passado. De fábrica e traça recente, segundo os
ditames da técnica do betão armado, é a capela de S. Sebastião, curiosa estrutura dotada de
espécie de “alpendre” (embora descoberto...) constituído por um travejamento assente em pilares
quadrangulares e em forma de “U” a proteger a frontaria. Nos lugares de Vila Boa e Carçãozinho
levantam-se os respectivos templos locais.

Tradições:
Na freguesia de Serapicos, como acontece em muitas outras, celebram-se várias festas e romarias
que divertem a população.
Os jogos tradicionais que se praticam com maior frequência nas alturas de festa nesta freguesia
são: o jogo da Barra/ferro, o jogo do Fito e o Futebol.


Sortes-Bragança

Sortes-Bragança

Compreendendo um território de mediana extensão, sito na franja ocidental concelhia e a
confrontar com os vizinhos municípios de Vinhais (a noroeste9 e Macedo de Cavaleiros (a
sudoeste), a freguesia de Sortes dista uma dúzia de quilómetros da capital concelhia (que lhe fica a
nordeste, com ligação rodoviária através do IP 4 ou, em alternativa, da E.N. 15).
De dimensões algo modestas, o imóvel apresenta um (actual) pórtico principal em esquadria e liso, com acesso através de escadaria fronteira. Na
pequena sineira alçada lateralmente, figura gravada a data de 1693. Junto fica um exemplar
solarengo de razoável traça, conhecido por Casa do Rodrigues.
Em Viduedo, ali a dois passos, fica um outro templo mais amplo e imponente, todo edificado em
perfeita cantaria à vista e denotando possível traça a um austero gosto neoclássico, dos finais do
século XVIII ou inícios do seguinte, provavelmente. Em Lanção há uma outra capela.

Tradições:
As festas têm sempre uma componente religiosa, sendo vividas com muita fé, mas trazem também
muita alegria e diversão, com muita música e dança.
Os jogos tradicionais proporcionam o convívio entre a população. Actualmente, os jogos mais
praticados nesta freguesia são: jogo do pião, jogo da malha, jogo do fito e o jogo da sueca.


Zoio-Bragança

Zoio-Bragança

Ainda na orla ocidental deste concelho brigantino, a confrontar (do ponte e sul) com Vinhais, fica a
freguesia de Zoio. Distante uns dezanove quilómetros para sudeste da capital concelhia, Zoio tem
ligação a esta através das E.N. 15 e 216. O seu território, medianamente extenso, surge uma vez
mais a abarcar um dos pendores da Serra da Nogueira, desta vez na sua vertente ocidental (com
altitude média a rondar os 700 metros).
Em Martim fica a velha matriz invocada a S. Martinho, templo espaçoso e de boa traça, 
presumivelmente setecentista. Registe-se que a antiga freguesia surge já notificada nas
“Inquirições” de 1258, sob a designação de “Martinho” “podendo corresponder a antiga
identificação do topónimo com o orago, como recomendará o arcaísmo).
Pelo último quartel do século passado, Pinho Leal aludia a duas capelas públicas invocadas a S.
Sebastião, uma “no Zoio” e a outra em Refoios (já então arruinada), para além de um templete
particular na Casa dos Ferreiras, em Refoios. Na actualidade pode apreciar-se ali as Capelas de
Santa Ana, Santa Eufemia e Santa Luzia. Digno de nota é o folclore local, onde os riquíssimos e
omnipresentes temas dos Mouros e Tesouros vão ganhar especiais contornos no lugar das Pedras
Furadas onde, diz a tradição, se acham ocultos miríficos potes de ouro (herança, já se vê dos
nomeados Mouros).